segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Dia santo.

Sempre achei que domingo era um dia perdido. Mas ontem, ao som de Caetano e Os Novos Baianos, tive a sensação de que domingo de sol é dia de ouvir boa música.  É dia de renovar as energias. É dia de achar que a vida pode sim ser boa.
E pensando nisso, e acreditando nisso, deixo com vocês a música que a Rapha me mandou ontem depois de eu já estar mergulhada numa aura “caetanística”. Até saiu um sorriso largo e emocionado.

Dê Um Rolê - Novos Baianos

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Semente da Música Brasileira

Começar o ano com o pé direito pode significar que um ano de bons sorrisos está por vir. Já vivi a situação contrária, de passar a pior virada do ano que alguém possa imaginar, e realmente, tive um ano de muitas lágrimas e esparsos sorrisos. Para começar bem o ano, no dia 1° de janeiro de 2009, após uma noite louca de reveillon em uma festa do Botafogo seguida de fogos em Copacabana e final de noite no Arpoador, tive a oportinidade de presenciar uma cena musical das mais fantásticas que já vi em minha vida.

Mineiras no Rio de Janeiro seguiram do Leblon para o "Clube dos Democráticos", na Riachuelo ali na Lapa, um pouco animadas com um samba de raíz que escutaríamos e dançariamos. Chegando lá fomos surpreendidas por um palco tomado por sambas clássicos tocados pela inusitada combinação de violino com  pandeiro. O violino ficou por conta do genial Nicolas Krassik, que deixou qualquer pessoa ali no Democráticos embasbacada com sua habilidade. Até uma amiga que não curte samba, saiu no final daquela noite completamente admiarada com tamanho talento!

A dica fica para quem não conhece esse habilidoso violinista que, recentemente, esteve em turnê com o Gilberto Gil pela Europa. Ah, extendo a dica para o "Clube Democráticos", que fica bem no meio da boêmia carioca e vale a pena uma visita, porque sempre oferece música da melhor qualidade.

Apresentação do Nicolas Krassic no Democráticos.


Raphaela R.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Rock infantil

Música infantil, em geral, é um horror. Convenhamos que cantar "Boi da Cara Preta" pode, ao invés de embalar um sono gostoso, dar início a um pesadelo daqueles. Para acabar com esse monte de canções infantis de dar arrepios que tratam as crianças como bobas, alguns artistas consagrados da música brasileira resolveram se dedicar a temática do rock infantil e tem sido um sucesso. Eu confesso que adoro e tenho uma amiga que quando foi no show do "Pequeno Cidadão" era a mais dançante no meio de todos aqueles pequenos por ali.

A talentosíssima Adriana Calcanhoto resolveu se aventurar no mundo infantil com seu apelido de infância "Partimpim" e se tornou uma queridinha das crianças. Edgard Scandurra e o inenarrável Arnaldo Antunes, também nessa lógica, deram início ao projeto "Pequeno Cidadão" que conta com a participação dos respectivos filhos e está com DVD de animação para ser lançado por aí.

Para mim, o sucesso dessa nova safra de música infantil se deve a um único fator: esses artistas tratam a crianças com respeito e a inteligência que esses pequeninos merecem!

Adriana Partimpim cantando um sucesso de Erasmo e Roberto para ninõs.


E nessa onda, o programa do Multishow que dá oportunidade a jovens músicos, "Geléia do Rock", propôs a temática do rock infantil em sua segunda edição e o resultado foi sensacional! Vale a pena conferir os vídeos!



Raphaela R.

P.S: Meu rock infantil foi embalado por Rita Lee até cansar! Eu cantava "Meu bem você me dá água ana boca" feliz da vida, na maior ingenuidade...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

É festa!

      


      
       A coleção de verão já foi lançada tem um tempinho, é verdade. A coleção está linda, cheia de rendas, flores e delicadezas, é verdade. Mas para aquelas que já estão se preparando para as festas de fim de ano, aqui vai uma dica: esperem para comprar depois do lançamento do alto verão nas lojas, que deve acontecer mês que vem. Ela é toda feita pensando nesses eventos, por isso, mistura a beleza da coleção de verão com tecidos finos e acessórios chiques. Claro que com  isso ela vem um tanto quanto mais cara, mas pode ser que valha a pena.

       Sedas estampadas, em tons de nude, bastante vestido de renda e paetês são boas pedidas e, certamente, serão fáceis de serem encontrados. Por esse motivo, deve-se tomar muito cuidado para não cair na mesmice e sair por aí sendo mais uma na multidão. Procure atentar-se aos detalhes da peça, ao diferencial. Não precisa ser aquela fashionista para fazer isso. Basta um pouco de olhar crítico e bom gosto para saber se o dinheiro gasto a mais realmente está valendo a pena. Veja também a qualidade no acabamento e do tecido. Nessa época do ano as facções estão fervendo, sendo assim, acabam pecando um pouco na hora de finalizar o serviço.
       Depois de conferir esses detalhes, se pelo menos alguns dos itens acima (ou todos) estiverem presentes, coloque o salto alto e arrase no bronzeado.


Rafaela Êvo


quinta-feira, 9 de setembro de 2010

EPIDEMIA!

Os antropólogos têm razão: o comportamento é mesmo baseado nos costumes de um povo. Eu só não imaginava que até os maus hábitos, aqueles contra os quais lutamos para que mudem, estavam tão incrustados que se tornaram moda. Eu diria até tendência.

Estava eu, mais uma vez , pronta pra esperar o busão por pelo menos 40 minutos...não sei bem ao certo o motivo, mas chego no pondions 20:57h, na praça da Liberdade, sendo que o ônibus sai do Santo Antônio (aquele casamenteiro) às 21:00h, entretanto eu NUNCA! Eu disse NUNCA, consigo pegar esse maledito! Logo, o próximo só 21:40h. Já liguei pro 130 pra saber se o problema era meu relógio, mas não é. Enfim, já não começa bem a minha ida pra casa. Então, sento calmamente no banquinho gelado e tento pensar em outra coisa que não seja o ônibus the flash. Nisso, tem um cidadão sentado ao meu lado. Como ventava muito, um papel que balançava com o vento estava incomodando aquele senhor ao meu lado que, subitamente, arrancou o papel e jogou no chão. Eu juro, na chon!!! Aí eu pensei: “ ele ta de brincadeira, né? Tem uma lixeira no nariz dele!” . Mas ai, como eu tinha que tentar ficar tranqüila (não ando podendo me estressar...dá rugas), voltei a desviar o pensamento.

Como se não bastasse o ônibus, o mal educado do meu lado e aquela ventania gelada, vem uma dondoca e para em frente a praça em local proibido que dá acesso aos cadeirantes. Aí eu fiquei maluca! Olhei de um lado para o outro freneticamente pra ver se tinha alguém vendo aquilo que eu estava vendo. Se alguém tinha percebido que em menos de meia hora todas aquelas bizarrices tinham acontecido, mas não. Todo mundo lá, olhando pro relógio, pro céu, pro telão da rua, falando ao telefone. Ninguém pra me apoiar na indignação contra aqueles seres.

Entro no ônibus, duas adolescentes escutando funk e compartilhando com o resto dos passageiros. Eu olhava insistentemente pro trocador pra ver se ele fazia alguma coisa. Elas estavam sentadas na frente dele, no banco dos idosos (sim!), e ele não fazia nada. Eu sei que ele também não estava gostando. E eis que vem o final triunfante! As duas mocinhas funkeiras dão sinal e descem do ônibus sem pagar. Fiquei nude na hora!

Foram tantas coisas ao mesmo tempo, tanta falta de educação, respeito e cidadania que eu não tive reação além de abrir a boca e olhar pasma pro trocador.

Desci do ônibus, entrei em casa e tomei um banho pra me livrar da falta de educação. Porque eu tenho achado que isso pega. E não fazer nada também, porque eu não fiz. Temos que dar um jeito de tentar mudar isso, minha gente. Vamos começar a sair de casa e encarnar a professora, a mãe, a tia chata. Jogou o papel no chão? Chama o indivíduo, explica que não pode, dá um tapinha na mão e olha se ele jogou na lixeira. Porque tô achando que é só assim, aprendizado pela vergonha e humilhação.
Isso não é nada fashion, que vocês fiquem sabendo! Chanel já dizia há muito tempo atrás.

Rafaela Êvo